Minha eterna busca...

O despertar da alma acontece quando começamos a sentir,

que as coisas que vemos com os olhos, ouvimos com os ouvidos,

sentimos na pele, já não mais nos preenchem totalmente.

É quando nosso desejo transcende nossos cinco sentidos, e a

necessidade de melhor entender as circunstâncias, os episódios

do dia-a-dia, o porquê da lágrima, do sorriso, sem nos colocarmos

numa posição de vítima diante dos fatos, acende dentro de nós um

alerta, motivando-nos a ver com o coração, a sentir com a emoção,

e a reagir com doação.

Passamos então, a não só sentir o calor do sol, mas sua magnânima

importância pra vida.

Passamos a partilhar do brilho das estrelas e nos identificarmos com

elas.

Passamos a ouvir mais, e nos preocuparmos com o que falamos,

com as palavras que vomitamos, com nossas ações automatizadas.

Passamos então a ser mais humanos, a nos aproximar do modelo divino,

aquele para o qual fomos criados, e que numa deliberação errônea nossa, pensamos ser superiores ao nosso Criador, Ele que é infinito em bondade, generosidade, perdão, compreensão, amor incondicional, em humildade.

Então, nos damos conta de nossa pequenez, de nossa fragilidade,

é quando exatamente começamos a crescer, a nos iluminar.

Aí, mesmo que queiramos, não conseguimos mais voltar, involuir, o

caminho é necessariamente para cima, para o alto.

Deus em sua grandeza e infinito amor a nós, não permite que

retrocedamos, o máximo que possamos provocar a nós mesmos, é a

passividade, que poderá nos levar a estacionar em nosso crescimento,

impedindo-nos de mais rápido alcançarmos a perfeição moral, a

identificação completa em nossa semelhança com o Criador.

Penso eu que quando chegamos a este ponto, o da verdadeira semelhança com Deus, à vivência da nossa divindade, entenderemos

por fim o significado da excelsa alegria de sermos filhos de Deus.

Wanusa Pinto
Enviado por Wanusa Pinto em 07/11/2011
Código do texto: T3322808
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.