Minha eterna busca...
O despertar da alma acontece quando começamos a sentir,
que as coisas que vemos com os olhos, ouvimos com os ouvidos,
sentimos na pele, já não mais nos preenchem totalmente.
É quando nosso desejo transcende nossos cinco sentidos, e a
necessidade de melhor entender as circunstâncias, os episódios
do dia-a-dia, o porquê da lágrima, do sorriso, sem nos colocarmos
numa posição de vítima diante dos fatos, acende dentro de nós um
alerta, motivando-nos a ver com o coração, a sentir com a emoção,
e a reagir com doação.
Passamos então, a não só sentir o calor do sol, mas sua magnânima
importância pra vida.
Passamos a partilhar do brilho das estrelas e nos identificarmos com
elas.
Passamos a ouvir mais, e nos preocuparmos com o que falamos,
com as palavras que vomitamos, com nossas ações automatizadas.
Passamos então a ser mais humanos, a nos aproximar do modelo divino,
aquele para o qual fomos criados, e que numa deliberação errônea nossa, pensamos ser superiores ao nosso Criador, Ele que é infinito em bondade, generosidade, perdão, compreensão, amor incondicional, em humildade.
Então, nos damos conta de nossa pequenez, de nossa fragilidade,
é quando exatamente começamos a crescer, a nos iluminar.
Aí, mesmo que queiramos, não conseguimos mais voltar, involuir, o
caminho é necessariamente para cima, para o alto.
Deus em sua grandeza e infinito amor a nós, não permite que
retrocedamos, o máximo que possamos provocar a nós mesmos, é a
passividade, que poderá nos levar a estacionar em nosso crescimento,
impedindo-nos de mais rápido alcançarmos a perfeição moral, a
identificação completa em nossa semelhança com o Criador.
Penso eu que quando chegamos a este ponto, o da verdadeira semelhança com Deus, à vivência da nossa divindade, entenderemos
por fim o significado da excelsa alegria de sermos filhos de Deus.