Separamos, enfim.
Que porcaria,
eu vi tudo cair aos montes,
desde as lágrimas forçadas
aos gritos mais agudos
de almas suadas e pútridas num espaço indiferente.
Que porcaria,
pois eu tentei mudar essa rotação que
nos movia,
mudar ao menos a própria maneira de se mover
todos os dias,
naquilo que chamávamos de casamento justo, fiel
e cheio de amor.
...mas os amores vêm, sazonais,
e levam ao chão toda a singularidade dos
amores indefinidos,
do que é menor,
menos intenso,
de nós dois.
Que porcaria, amor.
Amores vêm novamente... por mim, por ti.
E as porcarias serão reiteradas,
até que o mais singelo amor os separe.
Separamos, enfim.