Separamos, enfim.

Que porcaria,

eu vi tudo cair aos montes,

desde as lágrimas forçadas

aos gritos mais agudos

de almas suadas e pútridas num espaço indiferente.

Que porcaria,

pois eu tentei mudar essa rotação que

nos movia,

mudar ao menos a própria maneira de se mover

todos os dias,

naquilo que chamávamos de casamento justo, fiel

e cheio de amor.

...mas os amores vêm, sazonais,

e levam ao chão toda a singularidade dos

amores indefinidos,

do que é menor,

menos intenso,

de nós dois.

Que porcaria, amor.

Amores vêm novamente... por mim, por ti.

E as porcarias serão reiteradas,

até que o mais singelo amor os separe.

Separamos, enfim.

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 06/11/2011
Código do texto: T3319696
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