É para mim que escrevo.
Hoje estou escrevendo para mim...
Me cobrando o que eu fiz e faço errado.
Minha consciência me diz que devo ser magnânima.
Minha culpa me diz que devo pagar por tudo.
O preço que pago é alto.
O ressentimento me corrói até os ossos.
A "mea cupa" não me dá uma trégua.
Pensamentos se atropelam desordenadamente.
O caos reina em meu consciente, subconsciente e inconsciente.
Me sinto um coeficiente com eficiência nula.
Me sinto incapaz de lavar meu corpo.
Me sinto incapaz, frágil, acuada e temerosa.
Me largo ao léu do mundo,
Me afogo em meu submundo.
Sonho, choro, grito, proclamo a mim mesma.
Durmo na insônia da noite horas mínimas de pura estafa.
Me culpo, me critico, me condeno e não me concedo apelação.
Bom escrever o que sinto.
Assim percebo que todo esse atropelo que me ataca não passa simplesmente de uma vontade imensa de encontrar uma tal felicidade.
Mas já sei que felicidade não existe, o que existe são momentos felizes.(blábláblá).
Já ouvi tudo isso, não sou nenhuma mocinha.
E já está mais que na hora de parar...
Mas em se parando, qual a graça em continuar?
Melhor seguir confiante em um amanhecer com menos nuvens no céu.
Buscar no sol azul e pálido mais um motivo para continuar.
Tentar mais uma vez recomeçar, ain, esperar acabar, depois recomeçar.
Mas um tal grilo teima em me dizer que vou me foder.