É para mim que escrevo.

Hoje estou escrevendo para mim...

Me cobrando o que eu fiz e faço errado.

Minha consciência me diz que devo ser magnânima.

Minha culpa me diz que devo pagar por tudo.

O preço que pago é alto.

O ressentimento me corrói até os ossos.

A "mea cupa" não me dá uma trégua.

Pensamentos se atropelam desordenadamente.

O caos reina em meu consciente, subconsciente e inconsciente.

Me sinto um coeficiente com eficiência nula.

Me sinto incapaz de lavar meu corpo.

Me sinto incapaz, frágil, acuada e temerosa.

Me largo ao léu do mundo,

Me afogo em meu submundo.

Sonho, choro, grito, proclamo a mim mesma.

Durmo na insônia da noite horas mínimas de pura estafa.

Me culpo, me critico, me condeno e não me concedo apelação.

Bom escrever o que sinto.

Assim percebo que todo esse atropelo que me ataca não passa simplesmente de uma vontade imensa de encontrar uma tal felicidade.

Mas já sei que felicidade não existe, o que existe são momentos felizes.(blábláblá).

Já ouvi tudo isso, não sou nenhuma mocinha.

E já está mais que na hora de parar...

Mas em se parando, qual a graça em continuar?

Melhor seguir confiante em um amanhecer com menos nuvens no céu.

Buscar no sol azul e pálido mais um motivo para continuar.

Tentar mais uma vez recomeçar, ain, esperar acabar, depois recomeçar.

Mas um tal grilo teima em me dizer que vou me foder.

Magda simplesmente
Enviado por Magda simplesmente em 04/11/2011
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