Se sente e se tenta não enlouquecer
Fora de si mesmo, vasculha com maior precisão tudo ao redor
Observa a moradia com entulhos e feridas
Uma bagunça desconhecida que se formou pelos anos que viveu...
Ainda pulsando por sentimentos tão aflorados
Passado o tempo não cronometrado...
Não tenho visto nada de novo,
Rostos e imagens tão endurecidas...
Faces a chorar,
Rosas a despetalar,
E coração insistindo em amar...
De fato não há explicação,
E nem haveria de ter...
Pois o amor não se explica, não se denomina,
Se sente e se tenta não enlouquecer...
Amores que passaram,
Pessoas que caminharam na mesma direção,
E que algum momento se desprendeu de nossas mãos...
No tempo se perdeu, e o coração não esqueceu...
De fato não há explicação,
E nem haveria de ter...
Pois o amor não se explica, não se denomina,
Se sente e se tenta não enlouquecer...