Querid@ Amig@,


As letras emprestam ternura à aridez da vida...

Assim, a beleza da poesia  de João Guimarães Rosa...

Partilho...



"Não requeria relatos de campeação... as querências das vacas parideiras, o crescer das roças, as profecias do tempo... Nem não eram outras coisas proveitosas, como saber de estórias de dinheiro enterrado em alguma parte...

Agora ele indaga engraçadas bobéias... Aquilo não tinha rotinas... Por exemplo: – A rosação das roseiras. O ensol do sol nas pedras e folhas. O coqueiro coqueirando. As sombras do vermelho no branqueado de azul... A brotação das coisas...

Ele queria uma idéia como o vento... que relembra os formatos do orvalho... E bonitas desordens, que dão alegria sem razão e tristezas sem necessidade.

Não-entender, não-entender, até se virar menino. Jogar nos ares um montão de palavras, moedal... Era só uma claridade diversa diferente... Queria era que se achasse para ele o quem das coisas!”


Angela...:)