A idade da razão
Hoje assisti a um filme, o qual me fez escrever essa postagem.
O filme conta a história de uma mulher de 40 anos que começou a receber cartas que escrevia para ela mesma aos 10, as quais a fizeram lembrar do seu passado e seus sonhos, transformando-a de alguém arrogante, para se tornar a sonhadora do passado.
Então me perguntei: O que sou hoje? Aquela que fui quando criança?
O que você é hoje? Tem sonhos? É o que sonhou ser quando tinha 10 anos ou deixou de viver seus sonhos para então correr atrás do dinheiro?
Quando criança sonhava em ser professora, ajudar meus pais, fazer faculdade, ser independente. Mas algo que me recordei durante o filme foi um sonho que estava escondido dentro de mim e que tentarei realiza-lo a partir de agora. Ajudar pelo menos uma vez ao ano pessoas necessitadas, não quero ser Madre Tereza de Calcutá, apenas fazer meus sonhos se tornarem realidade.
Fiquei me perguntando o que nos tornamos depois que crescemos. Quantas pessoas quando pequerruchos não sonharam em serem astronautas, jogadores de futebol, veterinários, artistas ou até mesmo “caçadores de dinossauros” e agora se tornaram pessoas arrogantes, que pisam e passam por cima dos outros para alcançarem seus objetivos. Mas que objetivos? Deixar os valores de lado e viver aos pés do dinheiro? Isso não é um objetivo e sim mais uma forma de não aproveitar aquilo que Deus lhe deu. A vida.
Lembra de quando pequeno que subia em árvores, corria, brincava, não se importava com o que tinha ou seus amigos tinham, gostava mesmo é de rir e se divertir? Quem nunca se deitou no chão e ficou procurando nas nuvens objetos, animais...? Confesso que faço isso até hoje e olha é melhor que antes.
O tempo de vida é tão curto para perdermos tudo aquilo que construímos quando crianças. Hoje vejo que reclamo até mesmo daquilo que não existe e que vivo constantemente em busca de valores materiais, esquecendo daquilo que já fui um dia. Não importava se estava sol ou chuva, frio ou calor, sempre com sorriso no rosto, brincando encontrando soluções para meus problemas e não dificuldades para resolvê-los.
Quando pequenos sempre temos problemas, mas os resolvemos sem nem mesmo ver. Quem nunca teve um brinquedo quebrado, aquele que adorava, mas quebrou e o que fazia? Concertava! Precisava de ajuda? Às vezes. Incomodava-se em pedir? Não! Hoje os problemas fazem parte da nossa vida e o que fazemos? Criamos mais situações para dificultá-los e esquecemos que ajuda podemos pedir a qualquer momento, mas o orgulho e arrogância não deixa.
Esquecemos daquilo que somos para nos tornar aquilo que jamais gostaríamos de ser.
Olhe para trás, reveja a sua trajetória, lembre-se dos teus sonhos, das aventuras de quando criança, seus amigos, brincadeiras, imaginações... Aqueles momentos simples, mas que se tornaram inesquecíveis e maravilhosos. Lembre-se do que foi quando criança e se ainda está sendo a mesma pessoa, se não está, ainda está em tempo para voltar atrás.
A natureza é exemplo disso, o macaco quando nasce é um macaco ele cresce sendo um macaco. A rosa quando nasce é uma rosa, não importa se tem espinhos, se terra é boa ou não ela continua sendo uma rosa até seu último desabrochar. Será que continuamos sendo o que fomos?
Lembra que chazinho da mamãe que curava qualquer dor ou machucado? E que os brinquedos que o papai fazia nos divertiam mais que qualquer outro comprado? Ainda está em tempo de realizar seus sonhos de criança. A sua vida ainda é sua vida, faça dela aquilo que sempre sonhou e não aquilo que pensa ser o melhor. Se está longe das duas raízes, da sua família, não seria agora a hora de ir atrás deles e tentar reviver aquilo que não perdeu-se durante o tempo? Reflita sobre isso e faça aquilo que seu coração manda, não o que a razão “acha” correto.
Finalizarei a postagem com uma frase e espero que essas palavras te tornem alguém melhor do que é hoje e faça com que seus sonhos de criança continuem fazendo parte da sua vida.
“Torne-se aquilo que você é” (Picasso)
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