Dias fúnebres

Dias fúnebres

Eu estava morto há anos dentro de um invólucro

ou no caixão imposto.

Lamentava a sorte e o tempo que andei na contra

mão e do lado fosco.

Eles me carregavam, eu não conseguia sair dali

pelos os meus zelos.

Mas eu tinha filhos, mulher conta que passavam

da conta, pesadelos.

Tentaram me despertar, mas eu fingi que estava

de fato todo morto.

O tempo estava passando e a hora do meu ir

tinha chegado torto.

Há muito tempo morto agora carregado de

muito e forte desgosto.

Fui consumido em demora e agora tinha vindo,

já não mais um moço.

Da fruta do elo perdido comi, engasguei com

saliva e com o caroço.

Espero não morrer de novo no ano que vem

e sair deste belo poço.

À tempo pra tudo, pra se cumpri o destino e o

nosso ou não gosto.

Verás nova alegria e um novo sorriso no vulto

do meu novo rosto.

http://poetadefranca.blogspot.com/

O NOVO POETA. (W.Marques).