PAGAMENTO DE FIANÇA, QUE LEI É ESSA?

OPINIÃO.

Hoje li aqui no Recanto algo alusivo ao estudante da Porsche que alcoolizado atropelou e matou uma pessoa há dias atrás e cuja sentença de fiança milionária causou polêmicas na sociedade.

A vida é afiançável? -logo nos perguntamos.

Há vidas que valem mais que outras?

Decerto que não, e as fianças apenas cobrem alguns danos materialmente IMENSURÁVEIS.

De fato, os acidentes com vítimas de atropelamento ultimamente extrapolam os números razoáveis para uma megalópole como São Paulo. É de assustar!

Motos, automóveis, caminhões, ônibus, bicicletas, todos são poderosas armas no trânsito principalmente nas mãos de motoristas inconscientes muitas vezes acoplados a pedestres distraídos.

Ademais, a vigilância da lei seca parece ter arrefecido por aqui...

Porém é certo que qualquer um de nós podemos nos envolver num acidente, como autores culpados ou não , ou como inocentes vítimas.

Porém essa coisa da "lei das fianças" não me parece muito clara.

É, de fato tem algo MUITO preocupante entre nós.

Será que nestes casos a justiça pendula seu julgamento de acordo com o peso das finanças do culpado? Não, não deve ser não.

Se fosse, sugiria outra questão: No caso dum acidente, então seria melhor ser vítima ou ser culpado sem nenhum poder aquisitivo?

E quem não pode pagar fiança alguma estaria desculpado da sua culpa ou do seu dolo no acidente de trânsito, num primeiro momento?

Eu não consigo entender essa lei de se mensurar e pagar o valor das fianças.

Qual é o critério do valor a ser pago pela vida do outro?

Quem estipula o valor?

Dependeriam as fianças do valor do bem e do status social do culpado ou da vítima?

Sinceramente? Acho que caminhamos muito mal, a despeito de tantos paladinos.

Melhor mesmo é que todos se respeitassem e as autoridades melhor vigiassem o cumprimento das leis do trânsito, algo para lá de utópico nesta tão violenta rede viária de São Paulo.