Um dia...
Um dia você verá seus pés tocarem o mar,
e um oceano de lembranças invadir sua mente.
Aí surpreenderá a sí mesmo, observando o coração
saudoso vendo o tempo remoto.
Um dia lembrarás dos risos que poderia ter soltado com
mais facilidade, da raiva nutrida desnecessariamente, por quem,
de fato, não merecia. Verás quantos abraços poderia ter ofertado,
quantos apertos de mãos negados em detrimento de uma vaidade.
Entenderás Shakespare, quando diz..."o tempo é curto", refletirás então, que o pequeno espaço vindouro poderá ser melhor aproveitado.
Um dia pensarás como foi irresponsável com a saúde,
não oferecendo o melhor para o seu corpo, seu templo sagrado, carregando assim, por toda a existência os frutos de uma vida desregrada, neste instante, verás a genitora, proferindo sermões, que hoje, fazem todo o sentido, em amor e cuidado...
Ou então sentarás um dia na pedra em frente ao mar
e em meio a imensidão cantarás louvores de agradecimento
aos céus, por toda a vida que tivestes.
Estarás certo de que todos os conselhos foram bem absorvidos,
por mais fútil que parecesse, foi possível extrair algo de amadurecedor. Cada palavra de um idoso, representou o cuidado
de alguém que entende esta fase, pois por ela já passou.
Um dia, verás quantos amigos possui,
não os de futebol, farra, risos,
amigos-amigos, amigos.
Lembrarás de quantos pode ajudar, com o simples fato de
estender as mãos e acalentar uma alma em prantos,
sentirás, neste intante, a mesma paz que
transbordou dentro de sí, outrora.
Aí verás, que na vida, estamos para desenvolver a fraternidade,
por nós, pelas pessoas, pela natureza, aplicando os verbos que seguem, compartilhar, ajudar, servir e como diz o Renato," as pessoas como se não ouvesse amanhã, amar".
Na vida sempre teremos outros caminhos,
somos nós, a caneta e o papel deste planeta.