Às Falsas amigas do passado...
Não quero fazer desse texto, um texto deprê, mas tenho que admitir uma coisa:
Chega um dia em que é inevitável perceber que não temos amigos a não ser pessoas da nossa família. E isso dói. É difícil tomar coragem e admitir que aquelas pessoas que você achava que eram suas amigas, eram “amigas” apenas porque você tinha algo a oferecer a elas (cortar fila na balada, conhecer meninos, contatos, ganhar bebida de graça do garçom...) Aí chega o dia em que você vai embora da cidade e NÃO SOBRA NENHUMA AMIGA. Isso realmente é muito triste (e confesso... aconteceu comigo).
O pior é ver aquela “amiga”, aquela que você viveu toda uma infância, adolescência junto, aquela em que você confiou tantos segredos, aquela que compartilhou as novidades da pré-adolescência com você: chegar meia noite em casa, chegar às três da manhã, o primeiro drink, a primeira vez em que pisaram numa discoteca, num barzinho, o primeiro beijo, o primeiro amor... Ver aquela pessoa e perceber que ela é falsa. Que ela só foi sua amiga nesse tempo todo porque você era a única, porque ela precisava ter alguém. É triste ver que você foi usada por anos... E isso acontece (e confesso... aconteceu comigo).
E parece que todos os dilemas da vida, todas as situações que nos fazem sentir fracos, impotentes, sozinhos, vêm junto. Reparou? Hoje eu posso dizer que não tenho NENHUMA amiga (a não ser minha mãe é claro!). Isso tudo porque eu não tenho nada a oferecer para ninguém, A não ser minha AMIZADE. (Mas isso é muito pouco para pessoas mesquinhas).