O retorno da alma

Chegou a minha hora,

De permanecer calma,

Sem caminhos a percorrer...sem lábios a encontrar.

Sossegar?

Preciso, mas tenho medo da solidão encontrar-me,

De voltarem aos meus pensamentos, as dores que fincadas em minha alma estão.

Mas deu pra mim...

De noites obscuras.

De retratos aleatórios.

De nada depois do prazer.

De nada valeram as voltas que dei.

Cheguei a lugar nenhum.

Na verdade, a lugar nenhum procurei chegar.

Noites em vão?

Não posso pensar assim.

Foram sensacionais as experiências...os errantes das madrugadas...as fugas do coração!

Mas, basta-me!

Podem me aguardar...os quatros cantos da parede do meu quarto.

Reorganizarei as minhas noites.

Queimarei nas dores do passado.

Quando sair dessa embriaguez...serei quem eu sempre fui!

INSÔNIA
Enviado por INSÔNIA em 23/10/2011
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