Céu de baunilha
Ao longo dos trilhos, fito um dia que desperta otimista.
O azul com nuvens rosadas, coradas sorriem
num quadro em cada janela do trem.
Uma viagem em forma de pintura...
Os violinos em meus fones nem de longe lembram
a melancolia que Vivaldi me causava.
Com toda bagagem de lembranças que traz consigo,
reabrindo feridas mal-cicatrizadas,
além do violino emitir um som de constante tristeza,
mesmo em seus allegos,
mostrando-se com um sorriso forçado
abaixo de olhos vazios.
Trem que me leva para longe diante de um céu de baunilha,
rumo a um destino otimista,
em meio a sonhos de alguém que já acreditou
na possível irrelevância de respirar.
30/11/2009