Céu de baunilha

Ao longo dos trilhos, fito um dia que desperta otimista.

O azul com nuvens rosadas, coradas sorriem

num quadro em cada janela do trem.

Uma viagem em forma de pintura...

Os violinos em meus fones nem de longe lembram

a melancolia que Vivaldi me causava.

Com toda bagagem de lembranças que traz consigo,

reabrindo feridas mal-cicatrizadas,

além do violino emitir um som de constante tristeza,

mesmo em seus allegos,

mostrando-se com um sorriso forçado

abaixo de olhos vazios.

Trem que me leva para longe diante de um céu de baunilha,

rumo a um destino otimista,

em meio a sonhos de alguém que já acreditou

na possível irrelevância de respirar.

30/11/2009

Gizely Amorim
Enviado por Gizely Amorim em 22/10/2011
Reeditado em 23/10/2011
Código do texto: T3292587
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.