In (segurança)

Até quando vamos aguentar essa ladainha de que temos um futuro brilhante pela frente? Continuaremos nos iludindo? Ou vamos ser sinceros? Viver em mundo onde a cada esquina nos deparamos com uma tecnologia capaz de tornar suspeita até mesmo um mosca que passa a zanzar pelo ar. Câmeras de segurança que registram até o útero, o esôfago da pessoa! Cercas elétricas, muros altos, cães raivosos prontos para atacarem, interfone para não termos um contato com a pessoa cara a cara, grades pontiagudas, travas de segurança, cadeados em todas as fechaduras, alarmes estrondosos capazes de ecoarem a quilômetros...o que eu penso do próximo? Do outro? Que tipo de relação estamos estabelecendo? Por aí penso o legado que estamos deixando, bem como para onde o mundo caminha: barbárie! Nossos filhos, netos, bisnetos, todos, o que herdarão desse mundo que estamos deixando para eles? Desconfiança? Medo? Egoísmo? O que mais?

Quero acreditar que o nosso pensamento não deve ser um mero reflexo do concreto real, pura e simplesmente, refletido nos atos diários de nossa vida mesquinha, trancafiados que estamos em nós mesmos. Não! Não devemos ser reféns de uma ilusão besta que nos diz que "as coisas sempre foram assim e sempre serão, e de que nada dá para ser feito". Levando-nos ao conformismo, a aceitação passiva de tudo que nos oprime. Somos seres produtores de luta, esperança, seres produtores de história. Sendo assim, não há porque nos condenarmos a este mundo tal qual está posto atualmente. Temos a obrigação de agir na realidade para modificá-la. Não serei hipócrita ao ponto de bater no peito e dizer que está tudo bem.

Oswaldo Rolim da Silva Junior
Enviado por Oswaldo Rolim da Silva Junior em 20/10/2011
Reeditado em 06/03/2016
Código do texto: T3288466
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