Eu

Um tempo, não tão distante julgaram-me de uma forma. E o que mais parecia ser, era uma figura que nem era eu mesma. Porém nada que acham e falam é a pura verdade do que eu sou. E caso essa verdade exista mesmo, tente então me convencer?

Quando as pessoas me vêem olham apenas a casca e fazem pré-julgamentos e me fazem querer vomitar. Pois querem me fazer acreditar que aquele ser abomináve sou eu.

Estou farta de rotinhos inocentes e corações cheios de podridão.

Como queria fazê-las verem suas falhas, porque as minhas não estão para destruír alguém; talvez posso ser errada, mas jamais toco meu dedo na angústia aléia.

É bem mais fácil rotular, do que ver sua própria sujeira.

Eu não fico fazendo média sou o que sou, alias prefiro ser eu mesma e fazerem as pessoas me odiarem do que fazer o tipo rostinho bondoso e ser um cão por dentro.

Sei de meu caminho, trajetórias, minhas origens, sabem bem o rumo quero percorrer e ser quer ligo para falatórios.

Já foi o tempo que eu era lenta e acreditava na bondade de lobos cheios de saliva na boca. O que sobrou da pessoa boboca que se rastejava na lama para que não falassem mal dela foi alguém segura de si.

Mais um fator importante:

Não preciso de compaixões, não ligo para risos direcionados a mim, pois ninguém conhece minha vida, meu passado, minhas lutas e superações. Sou o que sou hoje por ter ido ao abismo e voltado à vida, nada me abala, saiba que risos não me intimidam apenas me fazem prosseguir, porque eu sou mais que mente imagina que eu possa entender o que eu sou.

Núbia Xavier
Enviado por Núbia Xavier em 19/10/2011
Reeditado em 20/10/2011
Código do texto: T3285200
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