amores platônicos

Quem nunca se apaixonou por alguém que não te dava a mínima? Aquele ou aquela garota popular no colégio, aquele cantor ou quem sabe aquela professora.

Todos nós temos ou já tivemos nossas paixões platônicas secretas.

A primeira vez em que isso acontece é, com certeza, a pior de todas. Parece que nunca vai ter fim, que aquela ferida jamais irá se fechar, que nunca você encontrará outra pessoa a altura.

Porém, o tempo chega e ameniza. E quando você menos espera já existe uma nova pessoa em seus pensamentos. E como calcular o tamanho do seu desespero ao constatar que se trata, novamente, de um caso platônico?

Mas você engole em seco, pois dessa vez, ao menos sabe que um dia irá passar. Não sabe quanto tempo vai levar e acredita nessa luz no fim do túnel.

Então, finalmente você supera. Já existe uma outra pessoa que te chama atenção. Assim, como as outras, ela também não se interessa por você. E o ciclo se repete pela terceira, pela quarta, pela quinta, pela sexta vez.

Nesse ponto, seu coração já não se pergunta o porquê daquela pessoa em especial não estar afim de você. E sim, por que nunca nenhuma delas está, o que há de errado, afinal?

Você tenta se apegar a qualquer coisa que te faça bem: sai para dar uma volta, compra um sorvete do sabor que você mais gosta, canta as suas músicas preferidas, vai ao teatro com aquela sua amiga de infância.

Mas nada parece ser capaz de amenizar o sentimento de rejeição. Parece existir uma voz, dentro do peito, te lembrando o tempo todo de que você está sozinho. E por mais que você insista, ela não se cala.

É como estar em uma ilha. No início você acreditava que um dia apareceria alguém, um barco, um avião, um helicóptero, uma nave espacial... mas não apareceu nada, nem ninguém.