Livrando-se da morte para entender a VIDA

Da vida vaga saudade

Que da morte levanta.

De medo deveras

O espírito não descansa.

Sem estrutura determinada

Apenas um nítido aglomerado

Apavora...quando se vê de fora.

Por que titubeias

Se vieste para partir?

Lança fora teias

Deixa o sangue das veias

Parar as correias

Olha a alma a sorrir.

Entrega ilusões

Materialidades...situações.

Veja como é belo

O quebrar desses elos

Destruindo castelos

Que pensávamos possuir.

Por que te seguras na existência

Insistindo em permanência?

Se não é mais hora

Se o relógio aferrora

Cada minuto do existir?

Já não é preciso passos

Objetivos...enlaços

Nem pressa... nem tormentos

É outro o tempo.

Já és sopro da existência

Sem aparatos ou vestimentas.

Sinta a essência

Livrando-se da matéria

Sem o peso da força cemiterial

Velando corpo carnal.

As bagagens entregues

Sem perigo de extravios

Confiando no Comandante do navio.

Guiados pela Luz Maior

Que no horizonte abre seus braços

Segurando nosso cansaço.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 11/10/2011
Reeditado em 11/10/2011
Código do texto: T3269686
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