Morte e vida

Quando nasci, foi a vez do corpo fisico se jogar no mundo, pra viver às margens da primeira mulher a que eu amaria...

Quando fui criança, veio a guerreira, mão de ferro, consciência materna que ditava as regras, e dominava meu coração ainda sereno pela infancia.

Quando adolescente vieram os amores confusos,

as descobertas, essas diversas mortes e renascidas que damos

em nome de amores platonicos ou mal resolvidos.

Já jovem, de olho nas conquistas pessoais, mas ainda muito dominada pelas paixões que nos fazem pequenos e insuficientes,

que nos tiram o direito de acertar e nos dominam, nos encaminhando por ruas escuras e perigosas da emoção.

Agora estou madura, ajeitando a vida para a terceira idade,

o coração calmo, amor consciente.

A alma esta de olho na ultima etapa da vida,

e tenho trabalhado intensamente para que pelo menos nesta ultima fase, eu tenha um percentual de acertos maior.

E que a pessoas que esta ao meu lado seja aquela que fechará meus olhos e velará meu adeus, sabendo que amei, unicamente, nesta vida, vivi e morri muitas vezes por amor.

Mas que por ela, eu vivi, sem pressa, vendo-a com seus defeitos e amando-a imensamente, ainda assim.

Pois, nesta terra não há um unico ser perfeito, e que o amor, é um mar de imperfeições exatamente para nos fazer lembrar que somos mortais.

Mortais e imperfeitos...

Carla Veloso
Enviado por Carla Veloso em 09/10/2011
Código do texto: T3266440
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