Morte e vida
Quando nasci, foi a vez do corpo fisico se jogar no mundo, pra viver às margens da primeira mulher a que eu amaria...
Quando fui criança, veio a guerreira, mão de ferro, consciência materna que ditava as regras, e dominava meu coração ainda sereno pela infancia.
Quando adolescente vieram os amores confusos,
as descobertas, essas diversas mortes e renascidas que damos
em nome de amores platonicos ou mal resolvidos.
Já jovem, de olho nas conquistas pessoais, mas ainda muito dominada pelas paixões que nos fazem pequenos e insuficientes,
que nos tiram o direito de acertar e nos dominam, nos encaminhando por ruas escuras e perigosas da emoção.
Agora estou madura, ajeitando a vida para a terceira idade,
o coração calmo, amor consciente.
A alma esta de olho na ultima etapa da vida,
e tenho trabalhado intensamente para que pelo menos nesta ultima fase, eu tenha um percentual de acertos maior.
E que a pessoas que esta ao meu lado seja aquela que fechará meus olhos e velará meu adeus, sabendo que amei, unicamente, nesta vida, vivi e morri muitas vezes por amor.
Mas que por ela, eu vivi, sem pressa, vendo-a com seus defeitos e amando-a imensamente, ainda assim.
Pois, nesta terra não há um unico ser perfeito, e que o amor, é um mar de imperfeições exatamente para nos fazer lembrar que somos mortais.
Mortais e imperfeitos...