Quando o amor se vai

A felicidade me motiva a viver, a acordar cedo, viver o dia, encarar a vida e os problemas que não esteja relacionado com o coração, já a dor me motiva a escrever minimiza a opressão no coração, minimiza essa bola que insiste em não descer na minha garganta, expor essa dor pra fora me ajuda a não gritar quando eu já não tenho voz, me ajuda a diminuir as lagrimas quando eu já não tenho mais água nos olhos.

Ajuda também não viver as lembranças de uma época boa, a dor paralisa, faz tudo passar absurdamente devagar, até a cicatrização que insiste em fechar a ferida dói a cada centímetro que teima reconstituir o lugar inflamado.

Mas esse é o curso natural da vida e graças ao tempo, esse mesmo tempo abstrato que demora a passar, é que quando nos machucamos ou nos machucam é a lei do cosmos fazer com que a cada dia a ferida esteja menos aberta e menos exposta.

E por um momento desejo incessantemente ter características psicopatas, isso mesmo psicopata, não para fazer mal a alguém pelo contrario pra fazer bem a mim mesma, pois os psicopatas são totalmente desprovidos de consciência e humanização, são seres frios, calculistas, incapazes de amar e principalmente sofrer, mas essa dor que se esconde nessas palavras muitas vezes sem coerência pra muitos é a prova viva de que um dia existiu amor de que existiu o que não existe mais e só sobrou esse buraco fundo e vazio que insisto em chamar de dor.

Deusa ARTEMIS
Enviado por Deusa ARTEMIS em 08/10/2011
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