Esperei uma resposta, um abraço, um toque, uma respiração,
qualquer coisa, esperei...
Deitei a mão sobre o meu peito e desejei por um instante
não sentir seu coração...
Nada aconteceu...
Senti um vazio... Sua omissão foi meu vazio.
Como uma flor despedaçada...
Uma flor derramada, e jogada no chão permaneci.
Senti-me como um vaso quebrado que jamais voltaria a ser o mesmo.
Fingi desconhecer a sua voz, fechei os olhos para não ver,
abracei o meu corpo.
Toquei de leve os meus lábios pra sufocar um pranto.
Delicado toque me permiti.... Tocar para quê?
Me encolhi...Nada mais havia ali.
Meus pensamentos não me acompanhavam mais.
As palavras, sempre fáceis e queridas, já não saiam mais.
Respirei fundo, doeu um pouco... Respirei mais uma vez.
Olhei em volta, nada vi tudo era estranho, disformes, como
num sonho confuso.
Um pesadelo, tudo era ruim, não ter você perto de mim.
Levantei e me recolhi, catei minhas pétalas e meus cacos, cada pedaço espalhado.
Percebi ser bem estúpida por me sentir assim.
Derramada pelo chão, desconexa.
Quase me alegrei,
Por ver na sua omissão a minha salvação.
Eu escolhi te amar e por você me entregar!
E você? Nunca escolheu nada! Não lutou por nada
e agora, você não fala nada!
Você podia falar...
Parar com essa indecisão, por favor.
Falar o que? Não sei.
Tanto faz, você escolhe.
Já escolhi, te explicar já está fora de questão.