Com os pés na areia a vislumbrar o infinito
Com o canto dos meus olhos marejantes a olhar o encanto do recanto de um estranho oceano. Deste insignificante viandante marejando o andarilhar de uma distração lúdica e, profundamente recheada de esquecimento esquisito. Era o transportar de mais um ano. Enquanto, dos meus pés subia um langor profundo; mais fecundo do que os corais do fundo salpicado de engano. Quais se perdiam iguais aos aquáticos animais no profundo daquele verde azulado oceano. Areal de cristal em meu olhar a mergulhar nas cristas daquelas ondas sem par, e de belo requisito. Parecia-me ser um surfista a analisar o sal a salmodiar a Deus em sua plenitude dócil e aos sufocados gritos. Ouvi soar sobre o areal o sibilar bem fácil de um saci indócil, e o cantarolar encantador sobre a mesma areia de uma divinizada sereia. Muito além da ideia parecia-me panaceia a livrar-me de todas as mortes acentuando-me todas as sortes... Acordei...
O Clarim da Paz