Triste fim

Não façam de minha vida uma vigília

Deixem-me viver em paz

Deixe-me falar comigo

Meu melhor amigo

O único que me entende

Compreende-me

E nada me diz

Só me ouve

Parecendo concordar

Nada escondo

Se algo não digo

Talvez por não querer magoar

Não minto

Posso sim omitir

Pois não devo explicações

Enem satisfações

E se dever devo a mim

Sou livre e ao mesmo tempo prisioneiro

Prisioneiro e submisso

A regra dura

Para poder sobreviver

E continuar aqui viver

Essa condição

Destrói meus sonhos

Limita minha existência

Até mesmo me tira a vontade de viver

Viver longe de alguém

De um lugar onde me sinta bem

Sinto-me a cada dia mais fraco

Sem perspectiva de um caminho

E acabando a esperança

De uma porta se abrir

E lá estar o caminho

Que tanto busco em viver

Talvez meu destino

Outro caminho me reservou

E acorrentado seja para lá que eu vou

(Armando)