Antigo, um problema...

...

E, ainda ali, percebi que tomava pancadas reacionárias de todos os lados. Queriam, por incrível que pareça, alienar-me. Como? O que querem de mim? Então: apenas sua alma. Em suma, sua mediocre vida 'abismal'.

Colocaram-me a construir paredes e a definir um chão para aquele local. Mas como? Fizeram-me de braços e os seres menores de material para aquela trama suja.

Materialismo dialético

Começa, então, no meio do abismo uma luta interminável

...

Delimitação...

De repente, um surto!

Surgem espécies de Castelo. Mas não o são. Dizem ser coisa da transcendência 'intranscendente'. Criação do imaginário dos povos... Alguns chamam de 'casa de deus'. Sei lá por quê...

Percebi que aquela instituição era puramente política. E, a única coisa que a atrai, não sendo esse tal ser supremo de que tanto falam, é um tal de Poder. Isto, disseram-me mais tarde, serve para que alguns seres sintam-se superiores e mandem nos outros. São chamados de senhores. Estes outros, os escravos (devem ser designados assim por que são obedientes, não logo de início, mas obedientes como um fantoche). Porém, alguém, que subia o abismo flutuante, disse: todos aqui são iguais. Porém, alguns acham-se superiores e por isso mesmo são inferiores. Portanto, nem todos aqui são iguais.

Engraçado e estranho. Ninguém aqui diz bom dia ao outro. (se é que há distinção de tempo neste espaço sem espaço)

...

Louco...

Ainda flutuo neste local. Pelo que percebo, não desci nem subi. Apenas, analisei... Porém, alguns subiam flutuantes e outros despencavam como pedras. Resolvi, já que meu estado era de inércia, saber logo quem eram aqueles que subiam

...