Acreditar no que não se vê
Assumir a culpa, desamar
Decobrir, mudar de lugar
Tornando-me plural nesse mundo singular – no teu eu reticente -
Sejamos extensões, pontos de exclamação, e vogais nas palavras que me faltaram
Pessoas, bebidas e etc.
Apostos, prontos e com o peso nas costas, aguardando um amanhã que não vem
Esse amar constante; explodir com a felicidade alheia, delirar a cada sorriso e palavras de ‘meu bem’, abraçar até mundo acabar.
Levantar falso do invisível, e falar em braile
Enxergando a vida por um olhar míope e tateando a cada pulsar
Declarações amor e ódio a cada copo quebrado
O inexistente tomando forma na fumaça do cigarro
O vapor do hálito maciço e só, zíper e um pouco de vodca caminhando da nuca até a costela.
Meus pulmões se prendem, se perdem, imploram socorro.
O laço dando um nó, e ganhando vida até antes de eu acordar
Canto versos de poesias boemias, analisando o andarilho e o invejando aos poucos quando ele cai nos braços de estrada e a ama loucamente.
Acreditar no que não se vê, deixar o coração definir o caminho e depois conseguir dormir, estou matando por uma desventura e morrendo pela boca do estomago, essas borboletas e ansiedade.
Quebrando promessas devagar...
Lendo lábios e observando retinas meticulosas da forma mais sutil.
Assoviando para lua cheia, silabando uma canção qualquer
Despindo a madruga com os olhos... sequestrando um paladar de estrelas.
Beijos sem ser meus e nem seus, saliva e afagos que não te pertence.
Doando-se e fodendo a cada linha cruzada
Fantasias aquáticas nos banhando em vermelho
Soul e meu quarto cheirando café torrado, álcool e canela
Flutuando em um mar de sensações
Sentidos surfando a cada rima... obrigada a odiar meados do receio de ser.