QUESTÃO DE...

Um sujeito, cansado da vida, seguia por uma estrada e ia pensando no seu infortúnio, desconsolado com sua triste sorte, na visão dele, tudo era tão difícil, parecia que nada dava certo, eram tantas preocupações.

Nisso passou um ônibus e ele olhou para o motorista que estava ao volante e pensou:

- Sujeito de sorte é esse! Vai tranqüilo dirigindo o ônibus, conhece cidades, pessoas e não tem outro compromisso além de conduzir o veículo... Eu queria ser aquele motorista!

O condutor do ônibus, porém, ia pensando assim:

- Que vida dura a minha! Estou aqui na boléia e as pessoas entram e saem, mal me cumprimentam. Tenho que obedecer ao horário; se chegar atrasado, sou repreendido, multado, vivo preocupado com a manutenção do ônibus, pois disso depende a minha vida e dos passageiros. Além de tudo, o salário não é lá grande coisa...

Nisso vê um lindo carro ultrapassar o ônibus e pensa:

- Feliz é o dono daquele carro, vai dirigindo com todo conforto e despreocupação, feliz da vida naquela bela máquina... Ah! Como eu queria ser aquele cara!

Entretanto, o homem que era um representante comercial, conduzia o carro assim pensando:

- Que dureza essa minha vida! Meu carro quebrou e tive que alugar esse. Tenho que dirigir com cuidado e não posso correr; mas preciso chegar à próxima cidade antes de fechar o comércio senão vou ter que pernoitar e lá vem mais despesa. Olha ao longe e vê um jatinho que voava deixando um rastro no céu azul e pensa:

- Feliz é o comandante daquela aeronave, voa sem o menor problema, na maior tranqüilidade, e ainda deve ter um alto salário... Ah! Como eu gostaria de ser aquele piloto!

Todavia, pilotando o avião, ele seguia pensando assim:

- Pois é, aqui estou em mais uma longa viagem, esse avião não é dos mais novos, devo tomar muito cuidado, senão pode sofrer alguma pane e morreremos todos. Vivo sempre num alto nível de stress...

Nisso olha para os campos cultivados lá embaixo e avista muito longe uma boiada sendo conduzida.

Bem, não vou dizer mais nada...

Dois sujeitos carregavam pedras em carrinhos de mão, um era pessimista, o outro otimista; perguntando ao pessimista o que fazia ele disse: “Não vê que estou me acabando nesse serviço pesado, insuportável?!”

Entretanto, perguntando o mesmo ao otimista ele respondeu, com orgulho: “Eu estou ajudando a construir aquela catedral!”

Tudo é uma questão de ponto de vista...

PEDRO CAMPOS
Enviado por PEDRO CAMPOS em 26/09/2011
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