O teu fim.

Eu te contei tudo, mesmo sabendo que no final acabaria assim. Eu te contei porque tinha esperanças, porque quando se ama, há esperanças. Porque tu me deu esperanças. Nem que fossem mínimas.

Eu esperava te encontrar, e passar o dia perto dos teus olhos, foi o que eu mais desejei durante muito tempo.

É engraçado que nós nunca paramos pra pensar que tudo tem um fim. A família, os momentos, até o amor. Mesmo que seja o amor mais sincero que há, não dá para carregá-lo sozinho. E me desculpe, mas não sou eu quem vai conseguir. Eu acreditei, me doei, estive lá sempre que você apenas sussurava, e agora eu grito e tu não me escutas.

Eu cansei de viver em uma vida de quases, eu não sou quase de ninguém. Eu não posso mais fingir que está tudo certo. E cada vez que você pega a tua arma, antes mesmo de puxar o gatilho, eu já caio ao chão.

Meu amor por você já foi maior até mesmo que meu amor por mim, maior até que o primeiro amor que já tive, mas todas as vezes que tu me pisou, foi quebrando cada parte dele junto. E agora sobrou só aquele vazio de que eu tanto falo. Só sobrou a saudade da amizade, que deveria ser pra sempre. Mas como eu disse, não vou lutar sozinha nessa. E se tu não mover um centímetro pra isso acontecer, eu não movo um milímetro. Chega.

Criei um amor por mim depois de ver o mal que tu me causava, e hoje eu posso dizer com certeza, que eu já rasguei tua página. Tô afim de começar a escrever outra história.