Dia para esquecer

Bem que queria esquecer este dia, não acaba nunca

nunca foi tão comprido, um metro e meio de lágrimas secas

umas toneladas de esperanças, um beijo? Nem de pensamento

escuto o anoitecer, poucas são as estrelas, a lua fugiu ...

Bem que sería fácil adormecer, nos bancos de madrugada

nunca foi difícil compreender, porque os patos nadam na água

umas gotas na face estremeceram ... sentido

amena é a minha prece, sem pressas fico dormindo

Bem que sabería agora um sorvete, bem quentinho, a derreter-se

nem isso consegui ter, um metro de saudades, amenas

disparos lá fora, foram livros que despedacei

folhas desmanteladas, côres desmanchadas, os amachuquei

Bem mal discordo de ti, nem me mandas facadas, aleijada fiquei

nas ruas, ouves por onde vais? creio que nem isso eu sei

um peso espancou dentro, da torre da tua casa

silêncio manda-me embora, quería fugir ...

Bem que quería esquecer este maldito dia de setembro

me remoi por dentro, mas esqueci o por quê!

deixei de amar os dedos, das mãos que pude sentir? Nao creio

apedrejada com palavras que nem ouvi ...

Bem mal fiquei esperando, por nadas

insípidas esses nadas, vazias de nada, "catastrofemente" nada

nada é pesado como um raio de trovoada, na testa da tua mente

mesmo assim, sem nada para receber, te desejo um dia para nunca

......................................................................................................... ............................................................................................................................................. esqueceres! *

Divavid
Enviado por Divavid em 22/09/2011
Reeditado em 16/12/2018
Código do texto: T3234716
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