Dia para esquecer
Bem que queria esquecer este dia, não acaba nunca
nunca foi tão comprido, um metro e meio de lágrimas secas
umas toneladas de esperanças, um beijo? Nem de pensamento
escuto o anoitecer, poucas são as estrelas, a lua fugiu ...
Bem que sería fácil adormecer, nos bancos de madrugada
nunca foi difícil compreender, porque os patos nadam na água
umas gotas na face estremeceram ... sentido
amena é a minha prece, sem pressas fico dormindo
Bem que sabería agora um sorvete, bem quentinho, a derreter-se
nem isso consegui ter, um metro de saudades, amenas
disparos lá fora, foram livros que despedacei
folhas desmanteladas, côres desmanchadas, os amachuquei
Bem mal discordo de ti, nem me mandas facadas, aleijada fiquei
nas ruas, ouves por onde vais? creio que nem isso eu sei
um peso espancou dentro, da torre da tua casa
silêncio manda-me embora, quería fugir ...
Bem que quería esquecer este maldito dia de setembro
me remoi por dentro, mas esqueci o por quê!
deixei de amar os dedos, das mãos que pude sentir? Nao creio
apedrejada com palavras que nem ouvi ...
Bem mal fiquei esperando, por nadas
insípidas esses nadas, vazias de nada, "catastrofemente" nada
nada é pesado como um raio de trovoada, na testa da tua mente
mesmo assim, sem nada para receber, te desejo um dia para nunca
......................................................................................................... ............................................................................................................................................. esqueceres! *