saudade?
Ei você, você mesmo, entre... Sente-se, sinta- se em casa. Vem comigo. Venha ver um velho filme, vamos usar as regras do seu jogo.
Disse em saudades? E o que é mesmo saudade? Diga pra mim... Quer que eu sinta saudades daquelas cartas ditas escritas por você que nunca chegaram até mim? Daquele domingo a tarde que ocorreu um imprevisto e você não pode ir até a minha casa? Daqueles acasos que atrapalhavam tantas vezes os nossos encontros? Ou talvez daquela flor roubada do vizinho que eu não senti, não toquei e nunca recebi. Quer que eu sinta falta daquelas noites que perdi preocupando com sua saúde enquanto se divertia com os amigos? Ou talvez daqueles sonhos que sonhávamos juntos que não chegou nem perto de serem realizados. Quer que eu sinta falta da viagem que nunca fizemos? Ou daquela noite olhando as estrelas que combinávamos e nunca passamos? Quer que eu sinta falta daquela festa que nunca fomos juntos? Ou daquelas velhas lembranças para mim que nunca foram entregues? Quer que eu sinta saudade daquela velha declaração de amor que nunca chegou?
Quer que eu te faça sentir que dor? Eu posso fazer isso, sou boa em dores, posso ser quem eu quiser, apesar de preferir ser eu mesma, ser varias pessoas ao mesmo tempo não quer dizer que é ser forte, posso ser vulnerável como uma criança indefesa, ou posso ser forte como a ira de um furacão, posso te fazer sentir cada pedaço de dor que ocupa esse pequeno espaço, posso te fazer sentir ódio de mim e todo amor sem fim... Grande palácio, fim de jogo