O que escrevo
Não tenho um lema ou um assunto
Tenho antagonismos escritos
Em forma de poemas.
Apenas uma situação interior
Isso que pode ir além da dor.
Escrevo aquilo que ultrapassa bordas
Que aos poucos me transporta
Para mais longe de mim.
Diria mesmo que não planejo
Não sei lidar com estabelecidos
Sou como o fio do tecido
No emaranhado dando forma.
O tempo no seu dia
Sendo ou não o que queria.
Aprendi a lidar com extremos
Com meu próprio veneno.
A por pontos em problemas
Antes que se transformem em dilemas.
Seria isso maturidade
Ou traços da própria lealdade?
Não quero dar nomes
Passar por todos os pronomes
Muito menos confrontar-me.
Só quero azeite de oliva na salada
Ser completamente amada
Na minha mais forte fragilidade...amparada.