O que escrevo

Não tenho um lema ou um assunto

Tenho antagonismos escritos

Em forma de poemas.

Apenas uma situação interior

Isso que pode ir além da dor.

Escrevo aquilo que ultrapassa bordas

Que aos poucos me transporta

Para mais longe de mim.

Diria mesmo que não planejo

Não sei lidar com estabelecidos

Sou como o fio do tecido

No emaranhado dando forma.

O tempo no seu dia

Sendo ou não o que queria.

Aprendi a lidar com extremos

Com meu próprio veneno.

A por pontos em problemas

Antes que se transformem em dilemas.

Seria isso maturidade

Ou traços da própria lealdade?

Não quero dar nomes

Passar por todos os pronomes

Muito menos confrontar-me.

Só quero azeite de oliva na salada

Ser completamente amada

Na minha mais forte fragilidade...amparada.

Lucinda
Enviado por Lucinda em 20/09/2011
Reeditado em 20/09/2011
Código do texto: T3231253
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