É TARDE! Quê pena
É TARDE! Quê pena!
Na adolescência estudava num Grupo Escolar.
Então mantive amizade com um colega negro,
Filho adotivo de um desembargador.
Éramos alvo de gozação (bullyng) de colegas,
Razão de não participar do horário de recreios.
Ele, magro e alto, ganhara o apelido de Coqueiro.
Eu matuto e tímido, de Junta de Boi Manso.
Na época, ele me presenteou com o livro,
Brasil País do Futuro – de Stephan Zweigh.
O livro me fez passar a sonhar em tal futuro.
Guardo do Isaias, grata recordação.
Mas o destino nos separou quando perdi meu pai
Deixei os estudos, a vida tomou outro rumo
Passaram-se setenta e cinco anos
Para eu poder pressentir o futuro do Brasil,
Graças a um nordestino, pobre como eu,
Conquistar a Presidência da Republica,
Dando continuidade ao seu mandato,
Elegendo como sucessora de sua obra,
A primeira mulher a dirigir o país,
Cuja segurança de atitudes tem mostrado,
Capacidade de arcar com a responsabilidade
De concluir as obras dos eventos esportivos
E outros projetos do PAC para bem do país.
Tal argumento me fará alvo de críticas e gozo,
De muitos de alguns dos meus parentes,
Porém os desculpo; são jovens inexperientes.
Hoje, o Brasil goza de proeminência
No concerto das mais destacadas nações.
Contudo, para mim é tarde! Quê pena!
A elevada idade não me permitirá desfrutá-lo,
Sequer do desenvolvimento da tecnologia
Cujo avanço foi imensurável, nesses anos.
Conforta-me prever os jovens brasileiros
Alcançarem tal tempo áureo.
Embora profetize breves (2012) fenômenos
Capazes de alterar a estrutura do mundo.
Mas, Deus é seu provedor e sabe o que faz.
19/9/2011 07:36