A Metade do Que já fui em Dobro
Não posso lembrar da sua boca sem beijá-la.
Não posso lembrar das suas curvas e dos seus pelos tocando o meu corpo.
Não posso lembrar dos seus lábios e os meus dançando juntos sem parar.
Lembro de nós dois em cima da grama molhada de chuva recente e penso em envelhecer ao seu lado.
Você diz que vai embora e me beija novamente, você desiste e assim passamos a noite ao relento.
Amo seus toques, seus beijos e carícias, amo seu tudo em toda forma que se apresenta.
E você já sabe disso.
Nesse instante nos olhamos e nossos toques dão lugar ao beijo.
Eu conheço todas as suas curvas e detalhes escondidos sobre a pele.
O amor que fazemos é superior à carne e transcende o tempo/espaço.
Sinto-me ligado a você, e assim permaneço.
Mas você vai embora e aqui fico, derrotado, dividido.
Como duas fatias de mim mesmo.
Sou agora a metade do que já fui em dobro.
Sou agora mais um desses que passam por você.
Agora vivo na esperança de tocar seus lábios de pura carne novamente.
O desejo continua vivo em mim e em você.