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Às vezes me pergunto: Serão os nossos direitos sociais aqueles que os programas televisivos sorteiam em algum tipo de oferecimento promocional? Com animadores de platéia e tudo, que indicam qual é momento certo para rir e o momento certo para chorar, bem como na figura do carismático apresentador que sempre concede um prêmio ao participante em troca de algo que renda audiência ao programa? Que tal uma casa com um carro na garagem? Uma viagem? Uma oferta de emprego? Uma bolsa de estudos em uma escola que poucos conseguiriam pagar? Quem sabe um ano de supermercado grátis! Alimentos! Por que não decidir a nossa história, a nossa própria vida na sorte, em um sorteio? Em alguns casos à custa de um pouco de humilhação do participante, que é obrigado a se sujeitar a situações bizarras.

O que seria de uma imensa maioria pobre e endividada sem a alma caridosa de alguns carismáticos televisivos? Uma imensa maioria que nutre a esperança de ter sua carta escolhida dentre as milhares que o apresentador do programa recebe. Fazer história dessa forma já se tornou um sonho! Um sonho muito bem utilizado pela televisão. Pergunto: por aonde vão os caminhos da vida arrematada nos índices da audiência televisiva?

Oswaldo Rolim da Silva Junior
Enviado por Oswaldo Rolim da Silva Junior em 16/09/2011
Reeditado em 06/03/2016
Código do texto: T3223346
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