Coleção dos diários nunca lidos. IX
As vezes nego a agonia que sinto afirmando desconhecer a razão,
Entretanto, na maioria das vezes, minha consciência diz o contrário,
Provando que não.
Ansiedade e medo.
Alegria e incerteza...
E mais um milhão de adjuntos adnominais.
[...]Aquela contração muscular na face pré-choro.
Um profundo suspiro pós-choro...
Eu só queria entender o que acontece,
Porque apesar de não acontecer nada,
Eu sei que que aconteceu,
Só não compreendo o que foi.
Todos os dias eu me descupo pra mim,
Antes de dormir,
Um pouco depois de pensar em você.
Um pouco antes de não saber o que sinto...
Sempre depois de proferir atos que não realizo,
Sempre depois de imaginar cenas que idealizo...
E de ficar triste por lhe entristecer.
Me desculpa?
Sei que está ficando involuntário, quase um hábito.
É que eu sou um poço de indecisão.
Pode ser que eu esteja querendo algo impossível,
Pode ser mera coisa da minha imaginação.
(Vou confessar que as vezes gosto de toda essa confusão).
Que quando o telefone toca,
As vezes eu corro pra atender...
Mesmo sem saber o porque.
Que eu fico feliz de ouvir a sua voz...
(E de ler a sua voz também).
Que eu me deprimo quando não te vejo,
Que eu me deprimo sem motivo.
Que eu falo demais...
(Que eu posso sentir vergonha por escrever esse monte de tralha aqui...)
E que apesar de ser um redomoinho de emoções e sentimentos,
Não sei me expressar claramente.
E que queria ter a chance de tentar uma única vez,
Mas tenho medo de estragar tudo.
[...]
Que as vezes nego a agonia que sinto afirmando desconhecer a razão,
Entretanto, na maioria das vezes, minha consciência diz o contrário falando que não.