Uma verdade cuspida

As palavras me consomem. As palavras me rasgam. Me sinto como um faminto procurando por comida: às vezes achando, às vezes não.

Minha fúria está aqui. Mim e mim. Eu e eu. É uma luta.

Falar dói.

Meu peito está aberto. Sentimentos estão sendo jogados da maneira mais violenta. Talvez o violento seja eu, por pensar demais; por ter medo de me deixar vulnerável; por ter medo de sentir medo.

Preciso encontrar minha vírgula para saber aonde parar, pelo menos. Sensatez.

Minha perdição me enlouquece. Me despe sem eu mesma sentir. Minha alma nua.

Não sei tanta coisa. Minha interrogação também está sendo formada.

Meus rabiscos, ah...tão indefinidos.

As linhas tortas.

Se me pedissem uma música a melodia seria confusa; notas ao vento; ritmo descompassado. Um tapa na cara. Uma verdade cuspida.

Obscuridade: estou vomitando as palavras. Jogando com o belo e o feio.

Difícil achar um ponto final...

Mariana Rufato
Enviado por Mariana Rufato em 11/09/2011
Reeditado em 08/06/2013
Código do texto: T3212912
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