Era uma vez...

Faz de conta que sou...

Faz de conta que tenho...

Faz de conta que já fiz...

Faz de conta que posso...

Faz de conta que...

Este é o contesto infantil,

onde a criança satisfaz todos as suas necessidades,

preenche as suas carências,

atende os seus chamados interiores,

soluciona toda a sua problemática,

crendo piamente em uma vida realizada,

com soluções fantasiosas

e, naquele momento de forma mágica

cria um estágio de plena satisfação

com um pleno:

- Faz de conta que...

Este ser cresce, cresce e a cada dia cresce

e se não desperta ou não é despertado

para esta natural realidade, de crescimento,

do seu novo estado de maturidade

e do imperioso confronto do fazer, ter e ser de verdade,

perambula pelas margens das verdades da vida

e fica como embriagado a contar para si,

das suas conquistas e realizações com:

- Faz de conta que eu fui...

- Faz de conta que te vi...

- Faz de conta que tenho...

- Faz de conta que te toquei...

- Faz de conta que...

Para a sua consciência exterior tudo está em ordem e resolvido,

mas, lá dentro o seu eu, carente de realidades vividas,

chora a dor do vazio.

Era uma vez...

E foram felizes para sempre...

Lembra-se?

Está muito ligado aos bons tempos dos contos de fada,

mas, hoje é um novo tempo.

Preciso ser real, para ser feliz!

Jatanael Moreira e Silva

Maceió, (13:06h) 18 de abril de 2005.

Jatanael Moreira e Silva (in memoriam)
Enviado por Jatanael Moreira e Silva (in memoriam) em 09/09/2011
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