Apenas mais nada.
Lá, no mesmo bosque.
Depois da estradinha de chão pisado.
Ao lado do pé de amora, debaixo do pé de laranjeira.
Tinha uma menina... Garota, linda e faceira.
Eu tinha já visto muitas garotas.
Lindas, algumas delas, jamais vou esquecer,
Mas toda eu via com olhos de menino.
A faceira me fez homem.
Ela me ensinou a desejar.
Foi por ela que deixei de dormir.
Foi com ela que descobri nossa diferenças.
Ela parecia fazer parte da paisagem.
Depois que a conheci.
Qualquer manifestação da natureza parecia não ter mais significado.
Nem o Sol com toda a sua grandeza, nem a Lua com toda sua beleza,
Era mais significativo que ela... Nossa, como ela era linda!
Eu ainda nem sabia o que sentia por ela.
Agora eu sei... Eu amei aquela faceira como ninguém jamais amou no mundo.
Eu a desejei como nem sei falar.
Tudo em minha vida era ela, depois o mundo.
Tudo só tinha valor depois dela.
Nada mais importava.
Quando ela partiu só sobrou o mais nada,
E mesmo esse mundo com apenas mais nada, eu ainda me lembro dela.