::: Pra poesia que a gente não vive :::

OBS: Título em homenagem ao Cazuza [Retirado da música: Todo amor que houver nessa vida]

Transformar o tédio em melodia? Ah! Caro Cazuza, quem me dera ser tão boa assim a ponto de transformar coisa tão medíocre em arte pura. Fico muito brava quando ouço alguém dizer que você foi um marginal que viveu a margem da sociedade. É verdade, já ouvi isso de alguém que escreve, imagine só! Pura ignorância não admitir que você apenas teve a coragem e a cara lavada de dizer a mais pura verdade. Infelizmente a verdade dói e dói muito. Não é mesmo, Brasil? Porque você não mostra a tua cara e para com essa história de dizer que aqui é o melhor lugar do mundo. Praias, gente bonita, carnaval... A vida não é só carnaval! A vida é fome, é miséria, é dor. E quem se importa? Ninguém, nem mesmo uma mulher que disse que iria mudar o país. E aí Brasil, qual é o teu negócio? Confiar em quem mesmo?

Acho que nasci na época errada, no lugar errado. Tenho medo de morrer e não realizar nem metade do que sonhei e ainda sonho. Mas os dados ainda estão rolando e a sorte... O que é sorte? Isso não existe. O que nos acontece tem outro nome: Destino! Ah! Mesmo nos dias em que tenho vontade de desistir, continuo, a opurtunidade de ser feliz voa, porque o tempo não para... nem um segundo!

Ei Cazu! Essa mesma vida louca que você viveu, te levou, tão breve. Pelo menos você viveu, ainda que sendo exagerado e só pro seu prazer. Você aproveitou cada momento "pra baixo" para escrever, inspirada em você, quando estou "down em mim"... também escrevo, pena não sair grandes coisas.

Ainda que muitas vezes eu tenha vontade de parar de escrever, continuo... Inspirada em meus ídolos como você Cazu!

Queria tê-los aqui, mas infelizmente, meus hérois morreram de overdose e meus inimigos estão no poder!

Viver e respirar poesia... É minha ideologia!

Ana Luisa Ricardo
Enviado por Ana Luisa Ricardo em 08/09/2011
Reeditado em 08/09/2011
Código do texto: T3207859