Sabe-dor-ia
Tentando atravessar o mar dos saberes, subi na embarcação da ignorância. Perguntei aos tripulantes, de onde vinham e para onde seguiam. Respaldados na desculpa de que ignorante não precisa responder, surpreenderam-me com a inteligente pergunta: acaso sabes tu onde ficam as margens do mar que navegamos? Me pus a refletir e percebi: não sei onde começa o não saber, tampouco se ao saber haverá limites... Ah, com dor, dei-me conta, se dos meus próprios limites, meu cérebro pouco consegue compreender, do mar dos saberes e não saberes, que saberá? Penso, no entanto, que o desejo de aprender é bússula a apontar o farol do conhecimento e, pode guiar-nos nessa travessia...