Retrospectiva 2006
Eu não sei como deveria ver este ano. Foi um ano muito bom, mas muito bom mesmo, mas, alternando, bons e maus dias.
Hoje, percebo que um ano passa como passa um dia, uma hora. Tudo passa muito rápido, e estou sempre ocupado. Não consigo dar tempo à vida.
Lembro como se fosse hoje, que no dia um de janeiro, o primeiro deste ano, já acordei com ótimas notícias............vindas do Tio Dirceu. Aliás, este é um dos que consegue adivinhar meus desejos.
Foram passando os dias, as semanas. Ao longo deste ano, consegui conquistar muitas coisas.
Eu aprendi a ser feliz no meu trabalho, aprendi que Deus existe (hoje ele fala muito mais comigo que eu com ele), aprendi que posso sempre ser melhor, aprendi a ser ótimo no que me propuser a fazer.
Aprendi com as amizades, que quanto mais próximos, menos confiáveis..........Aqueles que longe estão, te querem bem.
Aprendi que muitas vezes é necessário deixar que a vida flua, naturalmente.............Minhas maiores conquistas este ano, vieram sem que eu interferisse (muito).
Esse foi um ano de muito aprendizado.
Foi um ano muito bom. Pela primeira vez, talvez em, sei lá, cinco anos, eu consegui me planejar. Consegui projetar o futuro. Consegui pagar as contas, de todos os anos passados, consegui guardar dinheiro, afinal, ele é parte das conquistas – das próximas.
Se este ano terminasse ontem, na virada do dia 31, eu me deitaria, e agradeceria a Deus, ao universo, e às pessoas que de qualquer forma, estiveram comigo este ano. Não seria necessário festejar. Eu nunca fui de festejar.
Porém, ele não acabou ontem, não acaba hoje, e eu acho, que na minha lembrança, este ano demorará talvez mais uns cinco, para terminar.
Todas as minhas conquistas me deixaram de salto alto. O pior erro que eu poderia cometer. O pior erro, eu cometi.
Eu sempre fui um desastre, sempre estraguei meus melhores momentos, eu deveria esperar que este ano fosse assim. Afinal, foram vinte e quatro anos tortos.
Este, que começou, e até ontem parecia que seria o ano da virada, “o ano do rato,” como eu me referia a ele, não foi diferente.
Talvez, a coisa que eu deveria dar mais valor, eu não dei.
Existem coisas, que a gente passa a vida a procurar.
Encontra.
Em, talvez, meia hora, conquista.
Comigo não seria diferente. Encontrei, em meia hora conquistei, e por cinco anos, maltratei. Não era de se espantar, perdi.
Vieram muitas conquistas, foram-se outras, ficaram: o cinzeiro cheio, o coração apertado, o nó na garganta e as lágrimas.
Lágrimas. Assim fecho mais um ano. 2006. “O ano do rato”.
Ao menos, o dia 31, não será diferente. Deitar, relembrar, agradecer. Não será necessário festejar.
Para os próximos anos, ficam:
As dúvidas: As perdas são maiores que as conquistas?; Estamos sempre descontentes?; será que valorizamos as coisas erradas?; e
As certezas: É necessário cuidar; e É necessário ser melhor.