Eu e o tempo.

E quanto mais eu leio sobre ele, mais confusa eu fico. Mais vejo o pouco que sei dele. O tempo, que é algo relativo, as vezes parece ser tão tangível, tão real, tão... Implacável. Mas como algo relativo pode ser implacável? Algo que você não toca, não entende, não supera, mas é implacável? Como entender esse contexto? É complicado, afinal, o tempo tem um jeito único de se manifestar em cada vida, em cada idade.

Eu vejo pessoas que apreciam o tempo, que idolatram o tempo, que odeiam o tempo, mas eu fico perdida na hora de definir meu sentimento por ele. Frequentemente me dizem: "O tempo não é tão importante pra você por que você é jovem." Será que isso é verdade? Será que de fato, o tempo de vida é quem dita qual a importância do tempo? Lembro-me que quando criança o tempo parecia não passar. Os dias eram longos, proveitosos... E os dias parecem ser cada dia menores. Em compensação, tenho a sensação de que tenho um numero incontável de dias para aproveitar. Como se a morte não fosse algo que me atingirá um dia. Quando o assunto é ensinar, o tempo é igual para todos. Não existe sequer uma pessoa que não aprenda com ele, tanto coisas ruins quanto boas. Não há quem não mude. O tempo que nos aproxima da morte é o mesmo que nos mostra o tamanho da vida, mas só vê a imensidão da existência quem quer. Infelizmente.

Kari Vilela
Enviado por Kari Vilela em 05/09/2011
Código do texto: T3201356