Um dia qualquer

E então, num belo dia você me aparece, perguntando como eu estou, parecendo querer se importar, interessado até demais. Eu tento me lembrar qual foi a última vez em que você agiu assim. E consigo. Foi quando aquela sua outra aventura, que como você mesmo dizia, tinha tudo para dar certo, aconteceu. E eu me lembrei também de todas as promessas, não suas, mas minhas, para não cair na mesma armadilha. Decidi que eu não quero mais viver sendo escondida, naquela vidinha medíocre de sempre, só pra ter algo que eu possa chamar de meu, quando na verdade nem é meu. Namorado de domingo? Caralho, eu me tenho todos os dias da semana, e sei que não há nada de errado comigo, a não ser o péssimo gosto para homens. Sou inteira: certo. Não me basto: fato. Mas eu me amo demais para aceitar tomar um ou dois cafézinhos que irão acabar na cama de alguém que eu nem gosto tanto assim.