Como poesia

A poesia quebra, engana. São fragmentos de pensamento sob pretexto de versos. Poesia é o meu não-na-lata. É o meu covarde, meu incompetente. É o meu não engolir.

Do politicamente correto secretar identidades do desejo. Do gritar em silêncio. Do não só dizer, mas explodir lancinantes palavras cotidianas; sentidos subjetivos.

É o perturbar. É a criação de um deus indiferente ao destino de sua obra. Como chá depois do almoço, como.

E escrevo.

Porque depois não digo que não me avisei.