A metafísica
A metafísica
Que beneficio teria o homem se constatasse que de fato, não há eternidade?
Seria por ventura mais feliz; ou perderia toda razão para praticar o bem ou a ética na sua vulgar existência?
Há, por tanto, quem defenda que com a morte de “Deus” o homem atingiria a liberdade absoluta. Eu penso que a dúvida será sempre benéfica, sobretudo nesse contexto, é preciso que haja maior entendimento sobre a existência de um Deus, ou de vários Deuses, levando em conta que dentre a humanidade há muitos que se dizem deuses. Para toda sorte de homem há uma sorte de deus. E olhando atentamente para essa idolatria babilônica vamos encontrar muitos seres bizarros, deidades estranhas que não têm provado sua existência, todavia, há quem neles creiam sem sombra de dúvida.
A Ciência, que reluziu como ouro e que anunciou a revelação de todos os enigmas da natureza, que se apresentou como um deus moderno, não foi capaz de libertar o homem da escravidão religiosa; mesmo entre os que praticam a ciência não há quem afirme categoricamente uma coisa nem outra: se existe ou não um Ser Superior. Reside aí uma eterna interrogação: será mesmo o homem um dia capaz de dizer sem tremer, que não há nada além do horizonte físico?
Diria meu mestre que, a metafísica é um doce envenenado que o homem não pode tocar e continuar são, há de morrer ou enlouquecer.