LIVRE PENSAR

Um cheirinho gostoso de terra molhada. É a chuva ainda marcando presença apesar dos ventos de agosto.

O perfume dos jasmins tem cheiro de infância. Recordações bailam soltas na brisa da tarde.

À noite, se não puderes ser estrela, seja ao menos vaga-lume.

Um poema doura ao sol. Pássaros afoitos se banham na piscina. O dia, preguiçoso, vai se findando. O que nos reserva a noite que se enfeita de estrelas?

A rosa, o espinho, a dor. Mas também o perfume e a cor. E uma borboleta viajante espalhando os pólens do amor...

A poesia, às vezes, brinca de esconde-esconde. Poesia é criança travessa.

Numa tarde sol, pães de queijo mineiro estufam e douram no meu forno. Poesia gustativa no ar. Antecipo as delícias que vou saborear. Um cheiro gostoso de café recém-coado... Tem poesia melhor?

Não chore as mágoas. Sorria das tristezas. Lágrimas, assim como as águas do mar, temperam a vida.

Tenho família, amigos e trago a poesia no coração. Sou feliz. O que mais desejar? Obrigado, Pai-Criador...

Afina a lira do coração e entoa a suave canção do amor.

José de Castro
Enviado por José de Castro em 20/08/2011
Reeditado em 21/08/2011
Código do texto: T3172375
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