Não, eu não podia ser tua!
Não. Nós não somos tão fortes como pensávamos! E esse breve instante com que pálida escrevo, devastou as minhas horas...
Quantos anos são necessários para reconfigurar um instante?
E quanto tempo realmente se gasta neste impreciso momento? (...)
Concordo que em muito fui falha, mas em tantos outros sorrimos, você não vê querida?
Por muitas vezes sentia que de alguma forma ajudava-a, e desta forma regozijava o semblante... Mesmo este estando desconfigurado pelo cotidiano.
Mas, tolos são os que pensam que o tempo não nos espera... Na verdade nós não sabíamos esperá-lo. E como tudo que se quer conter... esvaia, assim perdemo-nos!
Não, nós não éramos a felicidade! E se bem soubéssemos, jamais ataríamos aqueles sonhos... Mas, não sabíamos como permanecer. Ouso até mesmo dizer-lhes, que a muito tínhamos indo embora.
Tuas palavras já não caminhavam com as minhas, e entre as pernas, antes mesmo do primeiro passo, sufoquei com teus longos devaneios. O que fazer quando não se acolhem as letras? Haveria de perder-me sob a essência milenar?
Não amor, nós não soubemos confiar! E quando o mundo dos homens batiam-nos a porta, todos os conflitos sentaram ao sofá. Servimos-lhes a vida, e o que mais quisessem levar!
Sinto-me enlouquecendo com essas imagens, e dizes que não sei amar. De certo que os que proclamam amor são loucos, mas e a razão dos homens, será a bomba nuclear?
Perdoe-me esse espaço entre os lábios, a algo que preciso pronunciar...
Nestes olhos distantes, correntes suaves estão a navegar, são doces águas de rios, que por hora estão a desaguar... Estou em plena seca, inteira a evaporar... Quem dera o meu coração, nuvem dos meus olhos... volte a inundar.
Não, eu não podia ser tua, antes da arca desembarcar.