Tristeza sem fim.
Eu choro, todos os dias, todos os minutos, por dentro. Porque orgulho e tristeza se misturam e eu não posso externar aquilo que sinto. Me machuca. Todas as dores me machucam.
Não sou um monstro insensível, não sou fria, não tenho psicoses. Eu choro. Choro mais do que sei sorrir. E me parece doentio. Uma tristeza doentia, sem início e sem fim.
E o orgulho não me deixa externar o que sinto. Lágrimas choradas pra dentro se acumulam no meu peito. E parece que pode explodir a qualquer momento. E não existe força que possa curar a minha dor. E não existe medo maior do que não senti-la mais.
Não há medo maior do que o medo de ser feliz.
Não há vontade maior que a de ser feliz.
Aquilo que mais quero, mais temo. O que mais amo, menos tenho perto. O que mais me sufoca, mais acumulo.
Sei ouvir, sei explicar, sei entender, sei aconselhar, mas não comigo mesma. Não sei pedir socorro, nem ajuda, nem por favor. Alguém, por favor, esvazie meu coração da metade das lágrimas que estão acumuladas. Não sei qual a capacidade máxima da minha alma, mas acho que ela passou da linha vermelha.
Já indica perigo a minha tristeza.
Já tenho medo de ser eu mesma.
Já tenho medo dos meus pensamentos. Porque pensamentos ruins se apossam de mim. Me sinto romântica. Ultra romântica. Segunda fase romântica.
A vida não tem sentido pra mim.