Viúvos
Amor arrebatado de nossas mãos sem perguntas,
não sabemos data, hora dia. . .
É um desapego brusco, forte e voraz,
Transforma-se num dor infinita que nunca passa.
é um ponto final sem final.
São sonhos jogados
Abraços não dados
Nenhum adeus então!
Só quem há conhece é que a vive.
O sofrimento noturno dos Viúvos
é como se chama a Solidão.
É um estranho recomeço de um começo
que não teve fim.
E a Solidão! Amiga das novas horas
Se torna eterna enquanto dura,
A Dor Que nos procura sempre que uma lágrima cai.
E não adianta aconselhar dizendo que tudo passa
ou que pode se consolar com nova ilusão
Quando finda o dia,
a Lua se torna Sol
e a mim só basta,
a Solidão!