Um assassinato
Era literatura até sair por aquela boca, depois de tremendo fato, sentimentos, poemas e escritores viraram meras palavras, que ao ouvido do jovem não passava de blá, blá, blá!
Uma literatura que vivia, foi torturada, maltratada, morta e esquartejada.
Não passa mais nem por lixo, não serve para esterco! As plantas morrem, ao invés de serem fertilizadas. A flor qual dava inspiração ao poeta, secou, de tanta decepção, mas a voz não parava, a voz continuava a destruir toda a sensibilidade, toda dádiva dos céus, enlouquecia os mais lúcidos, enlouquecia não! Massacrava-os.
Naquela sala com só a porta aberta, de tanto ouvir aquilo, o ar parou e o coração de quem ouvia, sentindo que foi apedrejado, parou.