A verdade
A verdade
Não estamos totalmente sós, de certo, logo passara alguém por aqui, talvez seja tarde demais ou muito cedo, por entre as árvores há um ruído, elas comentam minhas impressões, brevemente tudo passara para o ar, onde o resto do mundo vira, a saber, ou pelo menos ter a sensação que ando tendo.
Não tenho medo, não tenho absolutamente nada neste instante, não abro os olhos, não ouço direito o que a música diz, pôs pensado isso, se começa a ouvir, mas ela não é boa o suficiente, é perfeita, perfeição é um limite, mas ando querendo ser ilimitada e se possível presenciar o infinito. Não vou criticá-los, não vou escrever como é o certo, as inspirações nesta idade são absurdas, além de muito repetitivas, não tenho cabeça para armazenar o que é realmente bom, pouco a pouco me esqueço de tudo que realmente deveria ser eternizado para pensar em besteiras, mas de uma coisa é certa, é incrível deixar de amar, que liberdade! Até notar que a qualquer instante pode voltar a sentir tudo outra vez. Mas da única vez que amei, deixei de experimentar loucuras inadequadas, além de parar de viver de maneira exagerada, os detalhes não faziam sentido como agora, não se ria das lembranças, se limitava a ser normal, chorava por vê-lo juntinho as inutilidades tão inúteis não só como ele era, mas como continua sendo agora.
Não via o coração das pessoas porque o meu batia mais alto e agora que vejo é fácil dizer quem é quem. Acho que é assim que descobrir que ainda não sei nada sobre mim.
E quando repentinamente vier alguém, este saberá muito mais do que eu.