Madrugada confusa
A verdade é que agora eu quero, eu preciso saber
Minha pequena, meu bem, meu mal
Neguinha, que amor é esse?
Se parece um fogo frio,
É uma dor gostosa de doer
Mas por essa noite, só hoje
O etílico me deixa calmo
Só hoje, eu finjo não pensar em você
E o tempo passa, a fome vem
Por esse som de violão que me enche
Massacra, pisa e estraga mais e mais
O já doído coração
Santos e estátuas do altar
Os seus espinhos, moça rosa
Que se confundem com a música vazada na tangente
Desse amor de direitos civis
Nas páginas e páginas duma cadeira branca doida
E se a grana não der, meu bem
Vai sobrar mês na cama desse apê
Vai faltar vez no asfalto desse trem.