Presunção
Há perigo em cada sentença
Em cada parte supostamente pretensa
Mesmo assim
Entendo a insolência
Dos que presumem muito de si
Dos que semeiam a terra
Inculta da perdição.
E quer o romper repentino do solo
Quando a semente
Nem se ambientou ao chão.
Acho mesmo que as febris atitudes
Essas que roçam a morte
Numa surdez consecutiva da razão
Seja apenas uma enorme vontade
De estar próximo do distante
Privando-se de cada instante.
Em que a vida cobra
O recolher das folhas
O prelúdio das escolhas
Sem deixar ao vento
O trabalho de fazer
As suas varreduras
Junturas...