Presunção

Há perigo em cada sentença

Em cada parte supostamente pretensa

Mesmo assim

Entendo a insolência

Dos que presumem muito de si

Dos que semeiam a terra

Inculta da perdição.

E quer o romper repentino do solo

Quando a semente

Nem se ambientou ao chão.

Acho mesmo que as febris atitudes

Essas que roçam a morte

Numa surdez consecutiva da razão

Seja apenas uma enorme vontade

De estar próximo do distante

Privando-se de cada instante.

Em que a vida cobra

O recolher das folhas

O prelúdio das escolhas

Sem deixar ao vento

O trabalho de fazer

As suas varreduras

Junturas...

Lucinda
Enviado por Lucinda em 13/08/2011
Reeditado em 13/08/2011
Código do texto: T3157249
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